Cirurgiões acostumados a jogar videogame com frequencia têm maior
coordenação motora, são mais rápidos e precisos nas operações e ainda cometem
menos erros. A afirmação é de um estudo realizado pelo Centro Médico Beth
Israel, de Nova York, Estados Unidos.
Atividades mentais que instigam a criatividade, como a leitura,
passatempos como palavras cruzadas, exercícios de matemática e a resolução de
problemas de lógica servem como verdadeiros halteres para a massa cinzenta. Principalmente
para quem já chegou aos 60 anos. “Dá para evitar a perda de cognição que em
geral surge com a idade”, revela o psiquiatra Aderbal Vieira, da Universidade
Federal de São Paulo.
Pesquisadores da Universidade Rochester, nos Estados Unidos, concluíram que aqueles que se divertem com jogos de ação por algumas horas diárias durante um mês, melhoraram em cerca de 20% a capacidade de leitura em testes de acuidade visual (exame de vista). Segundo os autores, esse tipo de game modifica o jeito do cérebro de interpretar as informações visuais.
Nos Estados Unidos, os jogos eletrônicos são usados nas aulas de história, geografia e até mesmo nas de educação física. O governo americano começa a testar os games de dança, para diminuir a incidência de obesidade na população.
Brain Age Nintendo DS
Foi desenvolvido para aumentar a capacidade cognitiva, a memória e o raciocínio.
Ele propõe desafios como solucionar problemas matemáticos, mas também permite amenidades, como desenhar livremente sobre a tela ou ler clássicos literários ao microfone.
A base teórica do jogo leva em conta a tese, amplamente aceita, de que o cérebro é como um músculo que precisa ser exercido para se manter forte e saudável.
Brain Genius
Propõe exercícios diários de memória, cálculo e lógica e ainda conta um
pouco da história de grandes pensadores e filósofos.
Self-Esteem Games
Pesquisadores do departamento de Psicologia da Universidade McGill, no
Canadá, criaram uma série de jogos eletrônicos que visam melhorar a
auto-estima. “Indivíduos com pouco amor-próprio costumam ter pensamentos
negativos sobre si mesmos sem perceber”, disse Mark Baldwin, um dos
responsáveis pelo projeto.
“Eles precisam ser condicionados a adquirir uma
visão mais positiva a seu respeito e a repetição envolvida nos videogames é uma
ótima aliada nesse processo”. Em um dos jogos o participante é convidado a
selecionar um rosto sorridente e simpático em um conjunto de fisionomias um
tanto ou quanto tristes e rudes.
Cuidado:
Pesquisa americana da Universidade de Missouri-Columbia revela que jogos
violentos aumentam, sim, a probabilidade de seus usuários se comportarem de
maneira agressiva. Já o psiquiatra Aderbal Vieira, da Unifesp, discorda dos
pesquisadores americanos.
Ele afirma que “os jovens que gostam desses games
possivelmente já são mais hostis e os escolhem exatamente por isso. Culpar os
jogos por atitudes violentas é simplificar o problema”.
Fonte: Revista Saúde! É Vital. Maio/2007.