Os dados coletados são registrados em fichas que contêm, além dos dados
de interesse, diversas outras informações. Portanto, terminada a fase de coleta
dos dados, é preciso retirar os dados das fichas e organizá-los.
Esta fase do
trabalho é denominada, tecnicamente, de apuração.
Os dados apurados são apresentados em tabelas. Existem normas nacionais
para a organização de tabelas, ditadas pela ABNT (Associação Brasileira de
Normas Técnicas). Essas normas não serão tratadas aqui, mas convém saber que as
tabelas devem ter os seguintes componentes.
Título: precede a tabela e explica, em poucas palavras, o dado em
estudo. Se for o caso, indica o tempo e o lugar a que os dados se referem.
Cabeçalho: especifica o conteúdo de cada coluna.
Coluna indicadora: especifica o conteúdo de cada linha.
Corpo da tabela: apresenta os dados.
Valor em dólares dos principais produtos que o Brasil vende à
Argentina
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Produto
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Valor em dólares (em bilhões)
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Automóveis
Veículos de carga
Autopeças
Motores
Minério
Tratores
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606
541
531
264
148
130
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Fonte: Revista Época, 25 de janeiro de 1998.
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Para construir uma tabela:
Delimite a tabela, no alto e embaixo, por traços horizontais.
Se existir mais de uma tabela no texto, numere-as.
Escreva na tabela os totais das linhas e das colunas, ou as médias, ou
qualquer outro resultado que possa ajudar o leitor.
Delimite o total por um traço horizontal.
Só faça traços verticais no interior da tabela se isso trouxer maior
clareza.
Separe o cabeçalho do corpo da tabela por um traço horizontal.
Se os dados não foram coletados por você, dê a fonte, isto é, a
entidade, o pesquisador ou os pesquisadores que forneceram os dados.
Se precisar dar definições e destacar dados diferenciados, faça notas no
rodapé da tabela.
Use letras maiúsculas apenas no início das palavras de uma linha ou de
uma coluna.
Se o dado não existe, faça um traço no lugar da tabela em que deveria
estar.
Fonte: MARTINS, Gilberto de Andrade & DONAIRE, Denis. Princípios de
Estatística. São Paulo: Editora Atlas, 2000.
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