terça-feira, 1 de julho de 2014

Games que desenvolvem o raciocínio

Cirurgiões acostumados a jogar videogame com frequencia têm maior coordenação motora, são mais rápidos e precisos nas operações e ainda cometem menos erros. A afirmação é de um estudo realizado pelo Centro Médico Beth Israel, de Nova York, Estados Unidos.

Atividades mentais que instigam a criatividade, como a leitura, passatempos como palavras cruzadas, exercícios de matemática e a resolução de problemas de lógica servem como verdadeiros halteres para a massa cinzenta. Principalmente para quem já chegou aos 60 anos. “Dá para evitar a perda de cognição que em geral surge com a idade”, revela o psiquiatra Aderbal Vieira, da Universidade Federal de São Paulo.

Pesquisadores da Universidade Rochester, nos Estados Unidos, concluíram que aqueles que se divertem com jogos de ação por algumas horas diárias durante um mês, melhoraram em cerca de 20% a capacidade de leitura em testes de acuidade visual (exame de vista). Segundo os autores, esse tipo de game modifica o jeito do cérebro de interpretar as informações visuais.

Nos Estados Unidos, os jogos eletrônicos são usados nas aulas de história, geografia e até mesmo nas de educação física. O governo americano começa a testar os games de dança, para diminuir a incidência de obesidade na população.

Brain Age Nintendo DS
Foi desenvolvido para aumentar a capacidade cognitiva, a memória e o raciocínio. 

Ele propõe desafios como solucionar problemas matemáticos, mas também permite amenidades, como desenhar livremente sobre a tela ou ler clássicos literários ao microfone.

A base teórica do jogo leva em conta a tese, amplamente aceita, de que o cérebro é como um músculo que precisa ser exercido para se manter forte e saudável.

Brain Genius
Propõe exercícios diários de memória, cálculo e lógica e ainda conta um pouco da história de grandes pensadores e filósofos.

Self-Esteem Games
Pesquisadores do departamento de Psicologia da Universidade McGill, no Canadá, criaram uma série de jogos eletrônicos que visam melhorar a auto-estima. “Indivíduos com pouco amor-próprio costumam ter pensamentos negativos sobre si mesmos sem perceber”, disse Mark Baldwin, um dos responsáveis pelo projeto. 

“Eles precisam ser condicionados a adquirir uma visão mais positiva a seu respeito e a repetição envolvida nos videogames é uma ótima aliada nesse processo”. Em um dos jogos o participante é convidado a selecionar um rosto sorridente e simpático em um conjunto de fisionomias um tanto ou quanto tristes e rudes.

Cuidado:
Pesquisa americana da Universidade de Missouri-Columbia revela que jogos violentos aumentam, sim, a probabilidade de seus usuários se comportarem de maneira agressiva. Já o psiquiatra Aderbal Vieira, da Unifesp, discorda dos pesquisadores americanos. 

Ele afirma que “os jovens que gostam desses games possivelmente já são mais hostis e os escolhem exatamente por isso. Culpar os jogos por atitudes violentas é simplificar o problema”.



Fonte: Revista Saúde! É Vital. Maio/2007.

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