sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Adolescentes e jovens e seus desafios

Abertura: estudantes e professores  
Neste tema, vamos conhecer os desafios que os adolescentes e os jovens enfrentam na escola, desde a motivação para aprender e as dificuldades de aprendizagem até as dificuldades emocionais próprias da idade e as vulnerabilidades sociais, econômicas e culturais.

Sobre os desafios  
Os vídeos nos mostram um painel sobre diversos desafios e dificuldades que os adolescentes e os jovens enfrentam no dia a dia na escola.  
Sabemos que a escola é um lugar de encontros, conflitos e formação de vínculos, por isso, pode ser tanto um ambiente de reprodução de preconceitos e discriminações como um espaço privilegiado para reconhecer, respeitar e valorizar as diferenças.  
É fundamental que gestores e educadores reconheçam e entendam o contexto social, cultural e as singularidades dos estudantes para que a escola se torne um ambiente de diálogo, inclusão, aprendizagem e formação da cidadania.  
Para conhecer um pouco mais essa discussão, acesse os itens sobre os temas a seguir, extraídos dos estudos realizados pelo Projeto Faz Sentido. Caso queira se aprofundar, consulte a íntegra dos materiais nos links do Saiba mais.

Desigualdade, diversidade e equidade 
Desigualdade 
A desigualdade social se mostra nas dinâmicas e nas relações da nossa sociedade que limitam ou prejudicam determinado grupo ou círculo de pessoas. Por exemplo: acesso desigual à escolaridade e à renda, disparidades regionais e entre campo e cidade (bairros periféricos e bairros centrais), tratamento diferente entre homens e mulheres. A desigualdade também está diretamente ligada à falta de liberdade. É o que acredita o indiano Amartya Sem, professor de economia e filosofia. Ganhador do Prêmio Nobel de Economia em 1998, é um dos idealizadores do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e fundador do Instituto Mundial de Pesquisa em Economia do Desenvolvimento (Universidade da ONU). Para ele, a desigualdade faz com que alguns indivíduos não tenham a oportunidade de desenvolver suas capacidades; e isso acaba por influenciar em sua renda e seu espaço na sociedade.  

Diversidade 
É o conjunto de diferenças e valores compartilhados pelos seres humanos na vida social. A diversidade mostra que as pessoas não são iguais entre si. Cada um tem sua bagagem, sua história e suas experiências, que devem ser igualmente respeitadas. Somos diversos! Em gênero, etnia, religião, orientação sexual e também características físicas, emocionais e cognitivas, entre outras dimensões. Muitas vezes a diferença é vista como problemática ou inadequada diante dos padrões estabelecidos por determinado grupo social ou cultural dominante. Isso faz com que alguns grupos sejam inferiorizados, o que gera discriminação, preconceito e intolerância, e atrapalha o desenvolvimento e o relacionamento entre as pessoas. Não aceitar e não compreender a diversidade pode levar à violência e à exclusão social.  

Equidade 
Equidade é uma forma de buscar a igualdade considerando que nem todos têm as mesmas oportunidades. A desigualdade social é muito presente no Brasil, e por isso cada um parte de um lugar muito diferente. Uma abordagem inclusiva parte do princípio de que o normal é ser diferente; e de que ser diferente é normal. As práticas escolares inclusivas não implicam um ensino adaptado para alguns estudantes, mas sim um ensino diferente para todos. Dessa forma, é possível garantir que todos os estudantes tenham condições de aprender, segundo suas próprias capacidades, sem discriminações e adaptações. Isso não significa ignorar necessidades específicas que possam interferir no processo de aprendizagem, e sim saber quando e como usar recursos e apoios especializados para assegurar que todos aprendam.  

(Fonte: Projeto Faz Sentido – Diversidade, equidade e inclusão na escola, p. 27-33. Disponível em: http://fazsentido.org.br/wp-content/uploads/2018/12/ESTUDO_DIVERSIDADES_rev.pdf. Acesso em: 13 jul. 2019.)

Vulnerabilidade juvenil no Brasil 
Violência, desemprego, gravidez indesejada, falta de acesso a atividades culturais – os jovens são destaque em todas essas estatísticas (ABRAMOVAY; GARCIA, 2006).  
Em 2002, a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE São Paulo) criou os Índices de Vulnerabilidade Juvenil (IVJ).  
No início, os cenários analisados eram: exposição dos jovens a deficiências educacionais, morte por homicídio e maternidade precoce. Ao longo dos anos, novas versões foram elaboradas, ampliando a escala de estadual para nacional e incluindo outros fatores vulnerabilizantes no cálculo, como dados de desigualdade racial.  
O Índice de Vulnerabilidade Juvenil é um indicador que agrega dados relativos às dimensões consideradas chave na determinação da vulnerabilidade dos jovens à violência, como taxa de frequência à escola, escolaridade, inserção no mercado de trabalho, taxa de mortalidade por homicídios e por acidentes de trânsito. Serve como norteador das políticas públicas de juventude, parcela da população mais afetada pela violência no Brasil (Portal da Juventude – Secretaria Nacional da Juventude).  

O IVJ Violência de Desigualdade Racial passou a ser realizado a partir de 2014, por meio de parceria entre a SNJ e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Classifica as Unidades da Federação em quatro dimensões: violência entre os jovens, frequência à escola e situação de emprego, pobreza do município e desigualdade. Para o cálculo da violência entre os jovens foi incorporada a variável risco relativo, que considera as diferenças de mortalidade entre jovens brancos e negros no Brasil.  

(Fonte: Projeto Faz Sentido – Juventudes e Ensino Médio, p. 189-191. Disponível em: http://fazsentido.org.br/wp-content/uploads/2017/08/20190111_RelatorioEstudoJovem_Fazsentido.pdf. Acesso em: 13 jun. 2019.)

Violência 
Um tema recorrente, tanto entre adolescentes quanto entre profissionais que atuam com adolescentes, é a questão da violência. Violências de todos os tipos marcam esse universo dentro e fora da escola. Em alguns casos, o próprio lar é um local onde a violência atinge diversos níveis. O entorno também contribui para esse quadro, já que muitos adolescentes vivem em locais vulneráveis.  
Segundo o autor do livro Age of Opportunity, Lawrence Steinberg, o que melhor explica o fato de existirem índices tão altos de criminalidade entre adolescentes é a busca pela recompensa imediata, o que os leva a diversas situações de risco.  
Sem reflexão ou orientação, essa sensação de poder acaba se desviando em dominação pelo medo, criando relações e dinâmicas de violência.  
Dentro da escola, o bullying é uma realidade frequente. Diferentes níveis de desenvolvimento marcam a adolescência. Há meninos e meninas que se desenvolvem fisicamente antes de outros, ou possuem mais ou menos facilidade de aprendizado do que os outros, abrindo espaço para o sentimento de que alguns são “maiores” ou “mais desenvolvidos e inteligentes” do que outros. Sem reflexão ou orientação, essa sensação de poder acaba se desviando em dominação pelo medo, criando relações e dinâmicas de violência.  
A observação por parte dos adolescentes de que são diferentes entre si, em oposição ao desejo de identificação com o grupo e com padrões midiáticos, também gera sofrimento e reações violentas.  
A sensação de que não são tão bonitos, inteligentes, desejados e amados pelos outros e de que estão fora do padrão faz com que sintomas de depressão sejam aparentes entre os adolescentes.  

(Fonte: Projeto Faz Sentido – Fundamental II – Adolescentes, p. 123-125. Disponível em: http://fazsentido.org.br/wp-content/uploads/2016/06/est_adolescentes_geral-1-1.pdf. Acesso em: 13 jun. 2019.)

Bullying e tipos de violência 
Bullying – O bullying é a prática repetida, por longo prazo, de ações violentas entre pares, incluindo todos os tipos de violência – física, psicológica, moral, sexual e patrimonial.  
Quem faz bullying, em geral, está em uma condição desigual de poder em relação à vítima. Isso pode estar relacionado a popularidade, força ou estatura física, competência social, extroversão, inteligência, idade, sexo, etnia e status socioeconômico (PEREIRA e WILLIAMS, 2010).  

Conheça os detalhes desses 5 tipos de violência.  
1. Moral: Calúnia, difamação ou injúria. Exemplos: xingar, espalhar mentiras a respeito da pessoa, ofender sua dignidade.  

2. Psicológica: Atos que colocam em risco o desenvolvimento psicológico e emocional da pessoa, e que danificam sua autoestima, identidade ou desenvolvimento. Exemplos: insultos constantes, humilhação, desvalorização, chantagem, isolamento de amigos e familiares, ridicularização, manipulação afetiva, exploração, negligência, ameaças, privação da liberdade, confinamento doméstico.  

3. Sexual: Obrigar a pessoa, por meio de força física, coerção ou intimidação psicológica, a ter relações sexuais ou presenciar práticas sexuais contra a sua vontade. Exemplos: estupro (incluindo sexo forçado por meios físicos ou psicológicos no casamento), abuso incestuoso e assédio sexual, obrigar a mulher a se prostituir, fazer aborto ou usar anticoncepcionais contra a sua vontade.  

4. Física: Qualquer ato que prejudique a saúde ou a integridade do corpo da pessoa, com uso intencional da força física. Por exemplo: tapas, empurrões, socos, mordidas, chutes, queimaduras, cortes, estrangulamento, lesões por armas ou objetos, exigência de ingestão de medicamentos desnecessários ou inadequados, álcool, drogas ou outras substâncias, inclusive alimentos.  

5. Patrimonial, econômica ou financeira: Reter, subtrair ou destruir os bens pessoais de alguém, como seus instrumentos de trabalho ou estudo, documentos e valores, a residência onde vive e até mesmo animais de estimação. Também se aplica quando o agressor deixa de pagar pensão alimentícia ou participar nos gastos básicos para a sobrevivência da família.  (Adaptado da Cartilha da campanha “Também é violência”, da ONG Artemis em parceria com a LUSH)  

(Fonte: Projeto Faz Sentido – Juventudes e Ensino Médio, p. 195-196. Disponível em: http://fazsentido.org.br/wp-content/uploads/2017/08/20190111_RelatorioEstudoJovem_Fazsentido.pdf. Acesso em: 13 jun. 2019.)

Discriminação 
Veja os dados apresentados por uma pesquisa realizada pelo UNICEF/IBOPE 2013, com adolescentes e jovens.  
Quando perguntados se já se sentiram discriminados independentemente do ambiente, 14% dos entrevistados declararam que sim. Quando o dado da discriminação é recortado por cor/raça, fica claro que são os adolescentes pretos que mais sofreram discriminação racial on-line (46%).  
Ainda no universo limitado dos 6% que responderam ter sofrido algum tido de discriminação, encontramos como maior subgrupo (25%) o dos adolescentes que se sentiram discriminados por serem jovens. Outros 14% sentiram-se discriminados por serem pobres, 13% por serem negros e 11% se sentiram discriminados pelas roupas que usam.  
Quando perguntados em quem buscariam apoio caso sofressem alguma forma de violência na rede, 77% indicaram os pais; 9%, amigos; 6% denunciariam na própria web; 5%, a polícia; e 1%, educadores. (UNICEF/IBOPE 2013, 12 a 17 anos, classes ABC)  

21% apontam ter sido incomodados/se chateado com algo na internet como: mentiras sobre eles, preconceito, apelidos.  
(TIC Kids Online 2013, 9 a 17 anos, classes ABCD)  
35% afirmam ter sofrido agressão, humilhação e hostilidade por parte dos colegas.  
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE)  

(Fonte: Projeto Faz Sentido – Fundamental II – Adolescentes, p. 127. Disponível em: http://fazsentido.org.br/wp-content/uploads/2016/06/est_adolescentes_geral-1-1.pdf. Acesso em: 13 jun. 2019.)

Suicídio e automutilação 
Segundo a Organização Mundial da Saúde, o suicídio é a 3ª causa de morte de adolescentes e jovens no mundo. (OMS, 2014)  

Suicídio em grupo   
Segundo a Organização Mundial da Saúde (2006), a divulgação de uma tentativa de suicídio ou um suicídio consumado pode levar a comportamentos de autodestruição em grupos de colegas ou comunidades semelhantes. Jovens que imitem o estilo de vida ou os atributos de personalidade do indivíduo suicida também podem ser afetados.  
O suicídio é a ação de acabar com a própria vida, um ato de violência da pessoa que o comete contra si mesma.

Comportamento suicida  
- ideação suicida 
- tentativas de suicídio 
- suicídio consumado 

Conduta autolesiva  
- comportamentos de automutilação 
- cortar-se superficialmente 
- queimar-se 
- arranhar-se 
- beliscar-se 
(ROCHA, 2015)

Automutilação 
Também chamada de conduta autolesiva ou autolesão não suicida, a automutilação pode ser entendida como uma tentativa de evitar o suicídio. É também uma forma de chamar a atenção das pessoas ao redor para um problema como depressão ou abuso.  
Segundo a professora e psicóloga clínica Gláucia Rocha, do Instituto de Psicologia da USP, os principais fatores de risco são:  
- predisposição genética 
- abuso e maus-tratos na infância 
- desaprovação e hostilidade familiar 

13,9% dos jovens de 16 e 17 anos registrados no atendimento do SUS por violência foram vítimas de autoagressão. É a faixa etária com o maior índice registrado entre todas as crianças, adolescentes e jovens. 
(Violência Letal: Crianças Adolescentes do Brasil)  

(Fonte: Projeto Faz Sentido – Juventudes e Ensino Médio, p. 207 e 209. Disponível em: http://fazsentido.org.br/wp-content/uploads/2017/08/20190111_RelatorioEstudoJovem_Fazsentido.pdf. Acesso em: 13 jun. 2019.)

Multicausalidade do abandono e da evasão 
A evasão e o abandono escolar são multicausais e acontecem por diversos fatores, que ultrapassam os muros da escola.  
Uma série de obstáculos impede que todas as crianças, adolescentes e jovens estejam nas salas de aula. Depois de matriculados, os estudantes também enfrentam desafios para ter assegurado o direito de permanecer na escola, progredir nos estudos e concluir toda a educação básica na idade certa.  
As barreiras podem ser socioculturais e econômicas, estar vinculadas à oferta educacional ou ainda ter como pano de fundo questões políticas, financeiras e técnicas.  

Contexto: fatores externos   ​
Impedimentos e fatores fora do âmbito escolar que colaboram para a evasão e o abandono.  
- Acesso limitado 
- Pessoa com deficiência 
- Gravidez e maternidade 
- Mercado de trabalho 
- Pobreza 
- Violência 

Motivação: fatores internos 
Estudantes que encontram impeditivos na escola e optam sair de forma racional.  
- Déficit de aprendizagem 
- Significado 
- Flexibilidade 
- Qualidade da educação 
- Clima escolar 
- Percepção da importância 
- Desafios emocionais

Viver situações de discriminação, opressão e violência no ambiente escolar pode “empurrar” os jovens para fora da educação formal. Deixar a escola passa a ser uma maneira de fugir da violência e da falta de pertencimento. Essa é uma das formas com que a desigualdade se relaciona com a evasão e o abandono escolar.  

Números  
Em 10 anos, aumentou a porcentagem de jovens que concluem o Ensino Médio na idade certa – até os 17 anos –, passando de 5%, em 2004, para 19%, em 2014.  
Os dados estão em um estudo do Instituto Unibanco, feito com base nos últimos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Por outro lado, 1,7 milhão de jovens entre 15 e 17 anos deixaram a escola sem concluir os estudos. Desses, 52% não concluíram sequer o Ensino Fundamental.  

(Fonte: Projeto Faz Sentido – Diversidade, equidade e inclusão na escola, p. 101-102 e 104-105. Disponível em: http://fazsentido.org.br/wp-content/uploads/2018/12/ESTUDO_DIVERSIDADES_rev.pdf. Acesso em: 13 jul. 2019.)

Desafios do ensino noturno 
Quando o acesso ao Ensino Médio foi ampliado, na década de 1990, grande parte dos estudantes foi alocada no período noturno (CORTI, 2015). Dados mostram que 6 em cada 10 estudantes matriculados no Ensino Médio em 1996 frequentavam a escola à noite.  
O Ensino Médio noturno tem um papel fundamental na garantia do direito à educação para estudantes que não podem frequentar as aulas no período diurno, seja porque trabalham ou por outros motivos.  
Ao mesmo tempo, não há dados e pesquisas que comprovem a capacidade da rede pública em atender a demanda pelo Ensino Médio exclusivamente no turno diurno.  
A grande questão é: quais são as consequências de ter tantos estudantes no horário noturno?  
A pesquisadora Daniela Maria Schmitz (2011) ressalta que, durante o período noturno, tanto professores quanto estudantes estão cansados demais, por terem trabalhado durante o dia. Uma série de indicadores educacionais mostra que os estudantes desse turno encontram limites para se familiarizar com os conhecimentos e competências apreendidos durante sua passagem pela escola.  

As pontuações obtidas pelos estudantes do curso diurno de Ensino Médio no Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) são em média 24,5 pontos maiores do que as de quem frequenta aulas à noite. Enquanto a taxa de distorção idade/série é de 33% na rede pública do Ensino Médio, olhando separadamente para cada turno, chega-se à taxa de 23% dos estudantes diurnos e 53% dos noturnos.  

(Fonte: Projeto Faz Sentido – Diversidade, equidade e inclusão na escola, p. 96-97)

O desafio do celular e das mídias digitais 
O principal suporte tecnológico dos adolescentes inseridos no mundo digital e com acesso a alguns dispositivos é o celular. Mais até do que o computador, o celular é o principal meio de trocas instantâneas, acesso a redes sociais, acesso à internet, produção de fotos, vídeos e de consumo musical.  

Trocas instantâneas 
Quando o assunto é tecnologia, o contato com os adolescentes deixa claro o uso intensivo de aplicativos de conversas e trocas instantâneas, com destaque para o WhatsApp. Mais ainda que o Facebook, o WhatsApp ganha força entre adolescentes justamente pelo imediatismo da troca de mensagens, vídeos, áudios e fotos. O fato de os pais estarem no Facebook e não necessariamente nos grupos de WhatsApp dos filhos contribui também para a preferência ao WhatsApp. A troca de imagens, textos e vídeos: por trás de tudo isso está a troca de momentos e instantes de vida. Trata-se de uma geração que compartilha constantemente suas experiências produzindo efeitos tanto positivos (colaboração, empatia, conexão) quanto negativos (exibicionismo, competição, individualismo).  

Exposição e privacidade em xeque 
A troca de experiências vem acompanhada de uma enxurrada de selfies. Trata-se de um comportamento comum de várias faixas etárias que se manifesta com força também entre os adolescentes. Assim como vivem o exibicionismo das selfies, eles vivem a mobilização social por meio de hashtags comprometidas. Por meio delas os adolescentes se aliam a movimentos ou criam os seus próprios. Apesar do amplo uso das ferramentas digitais para compartilhar momentos de vida e expressar opiniões, os adolescentes não necessariamente são cautelosos em relação à exposição excessiva ou controlam o que publicam nas redes.  

(Fonte: Projeto Faz Sentido – Fundamental II – Adolescentes, p. 135 e 139. Disponível em: http://fazsentido.org.br/wp-content/uploads/2016/06/est_adolescentes_geral-1-1.pdf. Acesso em: 13 jun. 2019.)

O desafio dos games 
Canais de games no YouTube estão na ponta da língua dos adolescentes, que sabem de cor o nome de uma lista de canais distintos. O número de assinantes desses canais impressiona, e os adolescentes são parte expressiva desse montante:  
- Rezendeevil, 2,3 milhões; 
- Zangado, 2,2 milhões; 
- Cellbits, 900 mil. 

Mais do que simples entretenimento, os adolescentes encaram algumas formas de games como portas para o aprendizado, com destaque para o sucesso de Minecraft.  
Embora alguns jogos de grande sucesso estimulem a violência, tantos outros estimulam pensamento estratégico e contextualizam suas tramas em fatos históricos.  

Os jogos acessados remotamente e em grupo podem também ser uma possibilidade de aprender a trabalhar em equipe e estabelecer diálogo. A velocidade do processamento de informação, a realização de múltiplas tarefas e o envolvimento com mídias interativas apontam para um desafio importante na escolarização formal: ser atraente, envolvente, lúdica e dinâmica.  

(Fonte: Projeto Faz Sentido – Fundamental II – Adolescentes, p. 141 e 146)

Saiba mais 
Para saber mais sobre adolescentes e jovens no Brasil, e sobre os temas tratados acima, acesse a íntegra dos estudos a seguir, disponibilizados no site do Projeto Faz Sentido.  

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