sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Dicas Práticas - Potencialidades

Dicas práticas de como lidar com essas questões no ambiente escolar:

Dica 1 
- A escuta dos adolescentes e jovens não pode acontecer de forma pontual. É importante criar canais permanentes de comunicação entre gestores, professores e estudantes para que eles possam se manifestar sobre os assuntos que vão aparecendo no dia a dia da escola ou da sala de aula. 
- Caixas de sugestões, assembleias regulares, encontros sistemáticos com grêmios e representantes de turma, participação estudantil em reuniões de Conselho de Classe e Conselho de Escola, comitês e grupos de trabalho, aqueles minutinhos no final da aula para avaliar as atividades realizadas. 
- As possibilidades são muitas. Veja o que você consegue fazer. Mas fique atento, pois reuniões prolongadas ou com muito falatório técnico costumam inibir a participação da maioria dos estudantes. 
- Para que sejam contributivos, é importante deixar que eles se expressem por meio das suas próprias linguagens, narrativas e estratégias. 

Dica 2 
- Quando os gestores e professores já trazem tudo pronto, correm o risco de não se conectar com os interesses, desejos e necessidades dos adolescentes e jovens, gerando desengajamento e dificuldade de aprender. 
- Olhe para o seu dia a dia e para o seu planejamento e identifique em que momento os estudantes podem fazer escolhas. 
- Depois de mapear essas oportunidades, converse com eles sobre a melhor maneira da escolha acontecer, se em debates, votação ou assembleia. 

Dica 3 
- Se você realiza escutas com os estudantes e eles apontam problemas ou necessidades, vale engajá-los na busca de soluções. 
- Peça que eles encaminhem propostas e organize reuniões ou oficinas para que os adolescentes e jovens criem projetos de mudança em conjunto com os profissionais e parceiros da escola. 
- Além de desenvolver diversas capacidades importantes, como criatividade e colaboração, o engajamento dos estudantes como autores do seu processo educativo os aproxima da escola, ao mesmo tempo que apoia a transformação do ambiente escolar. 

Dica 4 
- Uma nova regra ou iniciativa decidida apenas pelo diretor tem menos chance de ser abraçada pela comunidade escolar do que algo que é construído coletivamente, inclusive com a participação dos estudantes. 
- Envolva os adolescentes e jovens na revisão do estatuto ou dos combinados da escola. Eles também podem ajudar a divulgar as novas regras, criando peças e campanhas de comunicação e mobilizando seus colegas. 

Dica 5 
- Você conhece os talentos dos seus estudantes? Sabe como se organizam? Tem ideia de como podem colaborar com a escola? 
- Realize uma espécie de "censo" para identificar as habilidades dos adolescentes e jovens. 
- Você também pode produzir um grande mapa com todos os coletivos, grupos artísticos ou de estudos, times esportivos ou de robótica, equipes de voluntários, clubes juvenis, produtores de blogs, canais de YouTube, programas de rádio, entre outras lideranças estudantis. 
- Todos eles podem ser agentes de mudança positiva na escola e na comunidade se forem estimulados, orientados e apoiados. 
- Às vezes, se mudarmos a perspectiva, onde vemos problemas, podemos começar a ver solução.

Estudantes: Recado aos professores 
Professores e professoras, eu acho essencial que as aulas sejam mais a prática do que a teoria, que vocês passam muita matéria na lousa e que isso é muito cansativo para os alunos. E eu acho que a prática é o essencial nos estudos. 

Professores e professoras, sejam mais amigos dos seus alunos. Sejam mais presentes, deem mais atenção. Façam mais aulas práticas, façam com que elas... prendam a atenção deles. Faça com que eles se interessem que você vai ser um educador e um amigo do seu aluno, o que é muito importante. 

Professores e professoras, sejam mais amorosos com os seus alunos. Peguem aquele aluno que não está tão interessado na sua aula, que bagunça na sua aula e procurem saber o que está acontecendo, realmente, com ele, qual é o porquê daquele comportamento. Procurem ver o que está acontecendo na família dele, o que está acontecendo com os pensamentos dele que eu tenho certeza que os senhores terão um amigo e que não terão eventuais problemas. 

Professor, professora, nós não somos máquinas. A gente tem opinião própria, nós pensamos. Não vivam no automático. Por que você é professor? Por que você é professora? Quando vocês souberem o porquê, vocês vão saber a melhor forma de nos ensinar e o que nós precisamos para melhorar.

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