sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Dicas Práticas – Multidimensionalidades

Dica 1 
- Discuta mais sobre o cérebro, o comportamento, o desenvolvimento físico e emocional de adolescentes e jovens nas reuniões de planejamento da escola. 
- Acesse pesquisas, consulte especialistas, troque ideias com os colegas sobre esse tema. 
- Coloque um mural ou uma caixa de sugestões na entrada da escola e peça aos estudantes para colocarem ali os nomes das séries que assistem, dos youtubers que seguem, dos livros que gostam de ler, dos sites e redes sociais que utilizam, além dos temas que gostam de discutir, entre muitas outras coisas que possam ajudar você, professor, a entender melhor esse universo. 

Dica 2 
- Dedique tempo a conhecer cada um dos seus estudantes: quais as suas características mais marcantes, seus interesses, as condições em que vivem, seus talentos e dificuldades, seus sonhos e receios. 
- Para ajudar, comece o ano letivo com uma semana de acolhimento, em que essas informações são levantadas por meio de atividades realizadas por cada um dos professores, ou divida os estudantes entre os vários adultos da escola, para que todos possam ser acompanhados mais de perto por um adulto de referência. 
- O conselho de classe também pode ser um ótimo espaço para trocar impressões e entender o que se passa com cada um deles, a partir dos olhares dos diversos professores. 

Dica 3 
- Não é tarefa fácil saber lidar com as mudanças de humor, as ações intempestivas, a eventual apatia e os questionamentos de adolescentes e jovens. Vale lembrar que o desenvolvimento intelectual deles se processa mais rápido do que o desenvolvimento emocional e por isso, muitas vezes, não conseguem controlar os seus impulsos, apesar de terem conhecimento sobre as consequências. 
- Para ajudá-los, não leve suas provocações para o lado pessoal. Cabe aos adultos manter a estabilidade do ambiente, ajudar os estudantes a pensar sobre suas atitudes e dar a chance para que aprendam com seus erros. 

Dica 4 
- A qualidade da relação com os professores e os demais profissionais da escola tem influência direta no comportamento e na aprendizagem dos estudantes. Adolescentes e jovens costumam se ressentir quando não são recebidos com um cumprimento, quando os adultos parecem não notá-los ou se importar com eles, quando se sentem invisíveis ou desrespeitados. 
- Ainda que seja quase impossível saber o nome de todo mundo ou parar para conversar com cada um deles, tente ser caloroso. 
- De vez em quando, abra espaço durante a aula para conversar sobre questões latentes. Procure saber o que está se passando com aqueles que apresentam comportamento diferente do normal. 
- Lembre-se, você pode fazer toda a diferença em um momento importante da vida desses garotos e garotas. 

Dica 5 
Costuma-se dizer que a escola tem a cara dos seus gestores e professores. Em última instância, os adolescentes e jovens olham para vocês em busca de exemplos a serem seguidos. 
Portanto, é importante que você pense sobre as suas atitudes e sobre as palavras que dirige aos seus estudantes. 
- Elas refletem aquilo que você quer que os seus alunos espelhem? 
- Você oferece atenção na mesma medida em que deseja atenção? 
- Dirige-se a eles no mesmo tom de voz com que gostaria que eles se dirigissem a você? 
- Interessa-se por eles e por seu trabalho diário do mesmo jeito que gostaria que eles se engajassem com você e com suas aulas? 
- Aprecia e confia neles como gostaria que eles gostassem e confiassem em você? 

Professores não precisam ser amigos dos estudantes, mas precisam demonstrar que veem sentido na sua profissão, assim como desejam que os estudantes vejam sentido na escola.

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