sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Dicas Práticas – Desafios

Para ler e usar as dicas no dia a dia na escola:
Dica 1 
- Entreviste as famílias para identificar as vulnerabilidades sociais e econômicas que afetam a vida dos estudantes. Para isso, utilize um roteiro de perguntas sugestivas, que permita à escola entender a causa de algumas das dificuldades de aprendizagem e comportamento que eles apresentam. 
- A estratégia ganha força se acompanhada de visitas a seus locais de residência. O processo pode ser realizado de forma mais aprofundada no momento de entrada do estudante na escola e pode ser atualizado anualmente. 
- O esforço pode ser compartilhado entre todos os professores e também contar com o apoio de voluntários convocados entre ex-alunos e outros jovens que vivem no entorno da escola. 
- O principal desafio é fazer com que os familiares se sintam motivados a participar e confortáveis o suficiente para compartilhar suas dificuldades. Para tanto, é importante que percebam que a escola tem a real intenção de apoiar seus filhos, netos ou sobrinhos a superar obstáculos. 

Dica 2 
- A melhor solução para a intolerância é a empatia. Para desenvolver essa atitude nos seus estudantes, realize atividades em que tenham que se colocar no lugar do colega para resolver um problema real que essa pessoa tenha passado ou ainda esteja enfrentando. 
- Para tanto, estudantes que se sintam pessoalmente atingidos por rotulações, preconceitos ou bullying podem relatar seus casos, inclusive de forma anônima, e depositar seus relatos em uma urna. 
- No dia do jogo, os estudantes se dividem em grupos, sorteiam um dos casos e criam, coletivamente, ações eficazes para solucioná-lo. 
- As melhores ideias podem ser implementadas tanto pela escola quanto pelos estudantes afetados. 

Dica 3 
- Como estudantes e profissionais da educação percebem, sentem e reagem à violência na sua escola? Para responder a essa pergunta, envolva os estudantes na construção do mapa da violência, indicando quais agressões físicas, verbais ou morais costumam acontecer na escola, onde elas acontecem, quem são os envolvidos e quais as consequências. 
- A ideia é, principalmente, explicitar o que ainda não foi percebido, o que já foi naturalizado e o que precisa ser resolvido. 
- O mapa pode ser acompanhado por um painel que indica há quantos dias a escola não apresenta casos de violência, como aqueles que se colocam em canteiros de obras ou indústrias para indicar a ocorrência de acidentes. 

Dica 4 
- Muitos estudantes sofrem calados por não se sentirem capazes de compartilhar a sua dor. Outros nem se dão conta de que estão sofrendo até que o problema tome maiores proporções. 
- Para ajudar os estudantes a identificar e conversar sobre os seus desconfortos internos, sugira que eles escrevam, em um pedaço de papel, seus medos, inseguranças, inquietações, tristezas ou mágoas. 
- Os papéis são dobrados, colocados dentro de uma caixinha e sorteados como tema para discussão com a turma, quando possível, com o apoio de um profissional especializado em saúde do adolescente. 

Dica 5 
- As temáticas relacionadas a vulnerabilidades são muito delicadas e prescindem de conversas e estudos mais profundos. 
- Para apoiar a sua escola nesse processo, mapeie, junto com seus colegas, as organizações, os profissionais e os voluntários com conhecimento no assunto, para convidá-los a debater esses temas com os adultos e, quando possível, também com os estudantes da escola. 
- Em seguida, vale estabelecer parcerias com todos esses interlocutores para encaminhamento de casos que fogem da alçada da escola, especialmente aqueles relacionados à saúde mental, à negligência e violência doméstica, à violação de direitos e a dificuldades econômicas de maiores proporções. 
- A ideia é constituir ou fortalecer uma rede de proteção no entorno da escola, para que diferentes atores trabalhem de forma articulada no sentido de assegurar os direitos, a segurança e o bem-estar dos adolescentes e jovens.

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